Advertência
Caetano Piza n:4 8:B
Exausto,
cansado do dia que eu tinha tido, com medo, aflito de como contar à minha mãe.
Ainda
não tinha chegado, mas pelo costume, por volta de 15 minutos, ouviria o barulho
marcante do portão, soando fortemente em meus ouvidos.
Me levanto do sofá, com fome,
e com uma forte vontade de macarrão, giro meus olhos em 180º observando as
prateleiras, mas não o encontro, desço as escadas com o objetivo de ir até o
estoque de comida com uma grande esperança de encontrar meu tão desejado
macarrão. Quando era pequeno, sempre achava que aquele estoque foi feito para
que se caso acontecesse um apocalipse zumbi, nós ficaríamos lá com comida
infinita, aiai só as crianças e suas imaginações tão férteis para conseguir
pensar isso. Acho o macarrão, o coloco na panela e espero para que fique
pronto. Volto ao sofá, desanimado, trêmulo e o nervosismo nem se fala, meu
coração quase saiu pela boca, mas tento esquecer isso. Consigo, foi apenas até
minha mãe chegar, ouço o forte barulho do portão, me levanto vou rapidamente
procurar a minha mala para escondê-la, e por muito pouco consigo.
Ela
entra em casa, imagine que estaria brava, sorte que ainda não sabia de absolutamente
nada.Ela senta do meu lado no sofá e começa a me dar muitos beijos,
definitivamente, não sei explicar como é um beijo de mãe, não é como um beijo
comum, ele transmite um certo amor, se é que me entendem...
-Vamos comer,genitora.
Como
meu tão desejado macarrão, e igual a todos os outros dias, ela me pergunta como
foi meu dia na escola, indiferentemente de qualquer situação que tenha
acontecido, eu sempre irei falar que foi legal ou chato.
Não entendia o motivo de ela estar mais feliz
que o normal, e eu curioso lhe perguntei, ela me respondeu abrindo um sorriso
que havia sido promovida em seu trabalho, também fiquei feliz, mas não tanto,
pois não queria tirar esse lindo sorriso do rosto da minha mãe contando a ela
que tinha levado uma advertência.
Depois
de um longo tempo pensando, resolvi não contar , mas fui completamente burro,
pois alguma hora ou outra ela descobriria.
Ela
me acorda às 10 horas, me dando vários beijos, levanto, vou escovar os dentes,
tomo um delicioso café bem forte , acompanhado de um pão com manteiga, 11 horas
eu me arrumo para a escola e vou almoçar.
13
horas, estou entrando na escola, comprimento os meus amigos e desço ao ginásio
para jogar bola.
18
horas, quase acabando meu dia.
Após
acabar a aula me despeço dos meus amigos, e vou a pé até o trabalho da minha
mãe. Pessoas, pessoas e mais pessoas, carro, carro e mais carro.
Até que enfim, chego no trabalho da minha mãe,
havia me esquecido da advertência, mas não tinha problema, minha mãe me fez
lembrar. Bom, não preciso contar detalhes, pois ela realmente ficou muito
brava, cheguei em casa, me tranquei no meu quarto e fiquei lá até o outro dia,
foi quando tomei coragem para me desculpar com minha mãe, e foi basicamente
isso quando eu não entreguei a advertência, para a minha única genitora.
Dia das Mães
-Depressa Nano, vamos fazer
café para a mamãe antes que ela levante
Depois de muita insistência
consigo levantar. Quase caindo sobre os braços de meu irmão, me
levanto.
Fiquei encarregado de fazer
ovos mexidos e meu irmão de fazer café, fiquei um pouco irritado em
relação a isso pois os ovos eram os mais difíceis, porém não
reclamei.
Colocamos o café da manhã
sobre uma simples e pequena bandeja, e fomos acordar nossa mãe.
Chegando lá acordamos ela, e comecei a dar diversos beijos. Depois
chegou a vez do meu irmão onde ele pede para segurar a bandeja,
parece uma tarefa bem simples, mas eu estava com muito sono e meus
braços extremamente mole, então quando meu irmão pede para segurar
a bandeja eu deixo esta merda cair no chão, assim acabando com o dia
da minha mãe, pois todos ficaram bravos comigo